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Memórias eternas do inesquecível

Por Guilherme Roque e Isabella Velleda


Arte: Marcelo Canquerino

No início, não havia nada. De repente, porém, surgiu tudo. E se a evolução é a lei da vida, é a memória que torna isso possível. Para sabermos o quão longe chegamos, precisamos nos recordar de onde viemos. Isso é verdade nas mais diversas proporções: de indivíduos a sociedades inteiras. Embora, no dia-a-dia, optemos por deixar os traumas na escuridão, a lição que tiramos dos principais eventos que marcaram a humanidade é clara: não devemos esquecer. Afinal, mais do que apenas a sensação de evolução, a memória nos proporciona o sentimento de pertencimento. Não é à toa que existe um grande valor atribuído às obras de arte que resistiram ao passar dos séculos e milênios. A memória é a base para a construção de uma identidade; e, assim, ela é também um importante instrumento de poder. Esquecemos, porém. Em alguns, a memória se desvanece, como uma estrela perdendo aos poucos seu brilho no céu ao toque suave da melodia do amanhecer. Todos os dias, contudo, informações entram por um de nossos ouvidos e saem pelo outro. E, apesar de esse processo ser muitas vezes visto negativamente, ele é tão natural quanto essencial. Imagine que tortura seria lembrar de absolutamente tudo? Seja como for, sempre poderemos retornar aos acontecimentos e pensamentos insignificantes através de nossos diários e escritos pessoais. Talvez um dia, quem sabe, eles nem sejam mais tão insignificantes assim.

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