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Nosso poder de influenciar

Por: Caio Santana e Gabriel Araujo

A palavra "influência", que qualquer velho e bom dicionário define como o "poder exercido sobre pessoas e coisas", ganhou uma nova conotação no mundo da internet e das redes sociais. Na verdade, se transformou, ela própria, em um novo termo cheio de estrangeirismo – "influencer". No planeta Terra do ano 2020, praticamente toda menção à influência vem acompanhada de algum pensamento relacionado às celebridades virtuais.

 

Mas o que o claro! Influência prova é que, apesar da nova conotação adquirida pelo ato de influir, ele sempre esteve presente por todo o caminho da humanidade, com maior ou menor grau. Se hoje o youtuber gritando "fala galerinha" é a figura máxima da influência, outras épocas deixaram outras marcas – sempre, porém, com muita influência.

 

Ou alguém acredita que a figura dos "líderes de opinião" da primordial democracia ateniense não tem seus reflexos em nossa política democrática atual? Que as novelas da década de 1950 não ajudaram a moldar uma sociedade, que o "espírito do tempo" não ajudou a definir cada um de nossos líderes, que a escolha de nossas profissões não passou pelo crivo da… influência? Esta edição demonstra que sim, tudo isso aconteceu e continua acontecendo.

 

A influência é um ziguezague de respostas, uma metamorfose ambulante que sempre esteve arraigada à sociedade. Seja pelas roupas que os filmes te fazem usar, pelo investimento que o corretor te indica a fazer, por cada vídeo iniciado por "fala galerinha" que simplesmente te diverte, ou por cada ação lamentável que te fez cancelar um "influencer", a mais recente marca desse poder na sociedade. 

 

O claro! Influência nasce da proposta de se compreender os rumos tomados pela influência na era digital, em que arrobas, curtidas e comentários são de uma importância enorme; passa pelo entendimento histórico e psicológico do ato de influir; caminha pelos mais diversos campos, da política ao esporte; e para na sua tela – te influenciando, por que não?

 

Não é nossa pretensão explicar cada contexto e cada momento em que o "poder exercido sobre pessoas e coisas" se fez presente, mas sim deixar claro que ele sempre esteve e continua por ali, por aqui. Curiosamente, fazendo com que aquele velho e bom dicionário, por exemplo, definisse a "cultura do cancelamento", um dos filhos da influência digital dos nossos tempos, como a expressão do ano de 2019.

 

Deixe, portanto, que o claro! te influencie a conhecer mais de perto esse enorme poder. Mas por favor, não nos cancele.

Expediente: Reitor: Vahan Agopyan. Diretor da ECA-USP: Eduardo Henrique Soares Monteiro. Chefe de departamento: André Melo de Chaves Silva. Professora Responsável: Eun Yung Park. Editores de Conteúdo: Caio Santana e Gabriel Araujo. Editores online: Ligia Andrade e Tamara Nassif. Editores de Arte: Marcus de Rosa e Isabella Velleda. Repórteres: Amanda Capuano, Ana Gabriela Zangari Dompieri, André Netto, Beatriz Crivelari, Carolina Fioratti, Crisley Santana, Daniel Terra, Eduardo Passos, Giovanna Stael, Guilherme Roque, Guilherme Weffort, João Gabriel Batista, João Pedro Malar, João Vitor Silva, Laura Scofield, Lígia de Castro, Marcelo Canquerino, Maria Eduarda Nogueira, Mariah Lollato, Pedro Gabriel e Thaislane Xavier. Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 2 - Cidade Universitária, São Paulo/SP, CEP: 05558-900. Telefone: (11)3091-4211

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