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não é só comida

Por Ivan Conterno e Sebastião Moura

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“A refeição é sagrada”, diz a mãe ao filho todas as vezes que ele senta à mesa. A vã tentativa de fazer o garoto tirar os fones de ouvido durante o almoço faz pouco sentido para ele - “nunca desperdicei um único grão de arroz colocado no meu prato, então o que poderia haver de herege ou desrespeitoso no relacionamento que eu estabelecia com a comida?”

 

Mas essa mãe não está apelando para o clichê, tragicamente ainda verdadeiro em um país que é basicamente uma fazenda gigante, do “tem gente passando fome, não desperdiça”. O adjetivo santo acena a uma ideia simples, mas poderosa: comida não é só comida. Se alimentar não é só botar para dentro matéria orgânica que vai servir de combustível para mais matéria orgânica.

 

A gente não quer só comida e bebida. Além de combustível orgânico, o alimento também é sabor, a menos que o paladar esteja com defeito. Às vezes nem nutre tanto, mas mata a fome e economiza algum tempo. Às vezes é uma desculpa para passar um tempo junto da família, dos amigos, da pessoa que se gosta ou com a qual se quer fechar um negócio.


Quem prepara a sua refeição? É comida de verdade, comida-comida-mesmo, ou é lanche? Tem comida que vem da Europa, da Ásia e da América… mas e da África, você conhece? Os temperos em pó da sua cozinha, de onde vêm? Você já provou algo novo hoje? Que tal experimentar o que preparamos nesta edição?

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Arte: Jorge Fofano

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